quando o tempo escorre
com seu abominável sorriso
um sorrisinho histérico
quando a tinta escorre
entre as dúvidas do que somos
deforma a curva do rosto
que desgosto!
imitar um sorriso!
o corpo inteiro escapa
pelos orifícios
nada mais atrás do espelho
tudo o mais dentro do espelho
a deformação prepara as mãos
para dissipação
a deformação prepara o corpo
para o tríptico ininteligível
o tempo mais uma vez
bate a porta em nossa cara
com as mãos pesadas e oleosas
um sorrisinho histérico
enquanto a sombra arde
e explode o contorno
do corpo
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